E as pérolas continuam

Quando eu penso que já estou mais adaptado e que estou livre dos micos de uma pessoa que chegou há pouco tempo eu me deparo com mais uma situação cômica. Estava eu em mais um dia de correria, executando minhas maravilhosas tarefas em meu trabalho quando percebo que a bateria do meu celular descarregou. Isso não é nada bom porque o meu supervisor me liga no mínimo umas duas vezes por dia, mastudo bem. Continuei com minhas atividades e de repente , quando passo por um corredor vejo um cara ao me ver me manda um “olá”. Eu, educadamente, respondo e continuo andando. Não satisfeito ele grita “stop” e eu sem entender nada parei pra ver qual era a dele, então ele começa a me perguntar como estava o trabalho e se tinha algum problema. Logo pensei que ele fosse alguma pessoa muito carente de amigos e que fica enchendo o saco do cleaner ao invés de ir logo embora pra casa. Depois de uma leve sondagem ele me pergunta se eu sabia quem ele era, quase que eu respondi perguntando se ele estava me achando com cara de vidente mas apenas disse que não sabia. Foi aí que ele simplesmente apontou o dedo pro meu peito, onde fica o emblema da empresa e disse “eu sou o dono dessa empresa”. Passou um filme em minha cabeça em milésimos de segundo sobre tudo o que eu tinha respondido pra ele durante a conversa, não me lembro de ter dito nada de mais e acho que não disse mesmo porque ainda estou trabalhando. Depois ele disse que tinha ido lá só pra dar um “oi” e ver como estavam as coisas, foi embora e eu continuei pensando no que eu tinha dito. Na hora de ir embora encontrei o supervisor e ele ficou perguntando se eu tinha encontrado o “boss” e me enchendo o saco querendo saber tudo que ele tinha me falado e perguntado, uma mania linda dos indianos de quererem saber absolutamente tudo sobre a vida dos outros. E assim terminou mais um mico emocionante que eu paguei.
Semana que vem eu entro de férias no colégio por três semanas, ainda não planejei nenhuma atividade turística pra fazer porque ainda estou tentando guardar algum dinheiro para o ano que vem, de preferência quando eu estiver voltando pro Brasil porque aí posso pensar em fazer as coisas com mais calma, sem ter que voltar no final da tarde pra ter que ir trabalhar. Sendo assim, acho que as fotos com os Cangurus e koalas vão demorar um pouquinho ainda.
Aquele abrax e até a próxima